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Por que todo mundo começou a falar de meio ambiente e ESG?

Publicado em 17 de maio de 2024 - 4 minutos

Toda atividade humana gera impactos no planeta. Quando se trata de uma atividade industrial, esse impacto é ainda maior. Nesse cenário, entra o significado de ESG. A sigla, em inglês, corresponde a três pilares: Meio Ambiente (Environmental), Social (Social) e Governança (Governance). Mas o que eles significam? Ao criar uma agenda ESG, uma empresa assume compromissos e metas relacionados a essas áreas, com objetivo de construir um relacionamento melhor com a sociedade e uma presença mais saudável no mundo.   

Em ESG, o pilar de Meio Ambiente se refere à relação de uma empresa com os recursos naturais. Por exemplo, de que maneira ela dispensa resíduos das fábricas, faz uso de energias renováveis (como solar ou do vento), cuida para evitar a contaminação de rios e toma medidas para reduzir a emissão de gases prejudiciais à qualidade do ar – a exemplo do metano e do dióxido de carbono. 

O pilar Social tem a ver com o respeito às pessoas, o quanto atua em prol da diversidade, da inclusão e do bem-estar das comunidades impactadas em sua atuação. O pilar de Governança, por sua vez, abrange boas práticas de ética, cumprimento de normas, leis e transparência. 

Se as coisas continuarem como estão, existe a chance de o mundo terminar o século 3 oC mais aquecido, trazendo graves consequências para a humanidade. 

 

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O que está acontecendo com a Terra. E por que isso nos afeta?

 

A atenção dedicada pelas empresas ao ESG é importante por algumas razões. Uma delas é a questão do impacto de suas atividades sobre a natureza, que pode trazer efeitos que colocam em risco a vida no planeta, como as mudanças climáticas. O desmatamento de florestas, a queima de combustíveis fósseis (como petróleo, gás e carvão) e até mesmo a existência de aterros para lixo são responsáveis por gerar gases nocivos, que fazem com que o planeta segure o calor na sua superfície, contribuindo para os termômetros baterem recordes. 

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a Terra está em torno de 1oC mais quente do que há 100 anos. A última década, correspondente ao intervalo entre os anos de 2011 e 2020, foi a mais quente da história. Se as coisas continuarem como estão, existe a chance de o mundo terminar o século 3 oC mais aquecido, trazendo graves consequências para a humanidade1. 

 

Atualmente há grupos que avaliam o desempenho das organizações em ESG, antes de investir nelas ou firmar parcerias.

 

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Tá quente hoje, né? O risco para as pessoas e para as empresas

 

Hoje, além do mal-estar causado pelo aumento da temperatura média, já é possível observar em diversas regiões riscos de inundação, secas prolongadas, derretimento das camadas de gelo nos polos, mudanças nos ciclos da agricultura, tempestades mais fortes, aquecimento da água do mar e extinção de espécies de animais. Efeitos que podem não apenas afetar a saúde humana, como trazer prejuízos de bilhões de reais para as empresas. 

Por isso, falar sobre ESG tem sido essencial. Mais do que isso, estimular organizações a criarem projetos e metas para reduzirem o impacto sobre o meio ambiente, respeitarem as pessoas e serem cada vez mais transparentes com a sociedade, mostrando o quanto avançaram e o que ainda precisam melhorar. A questão é tão relevante que atualmente há grupos que avaliam o desempenho das organizações em ESG, antes de investir nelas ou firmar parcerias. 

 

Os pilares ESG reúnem uma série de práticas que buscam manter o planeta habitável, a saúde e o bem-estar das pessoas.

 

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Quem inventou o termo ESG?

 

O termo ESG surgiu em um documento lançado em conjunto pela ONU e pelo Banco Mundial no início dos anos 2000, motivado por um questionamento do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, sobre como os pontos relacionados ao ESG poderiam orientar a atuação do mercado de capitais. A origem do conceito está no tripé de sustentabilidade, de autoria do consultor britânico John Elkington, uma das maiores autoridades mundiais sobre o tema e conhecido como “pai do ESG”.

A sigla ganhou ainda um impulso extra quando em 2020 o americano Larry Flink, CEO e fundador da Blackrock, maior gestora de investimento do mundo, destacou em uma de suas tradicionais cartas anuais a importância da atenção dedicada à sustentabilidade – palavra totalmente conectada ao ESG e que prevê maior sintonia entre a atividade humana e a natureza. 

Os pilares ESG reúnem uma série de práticas que buscam manter o planeta habitável, a saúde e o bem-estar das pessoas. Existe uma tendência cada vez maior de as empresas investirem nessas iniciativas, estabelecendo metas para alcançar resultados positivos ano a ano, seja qual for seu tamanho ou número de colaboradores. Iniciativas que também podem partir de cada um de nós, para criar uma relação que diminua os impactos sobre o mundo à nossa volta. 

 

Conheça algumas das ações realizadas e metas ESG da Michelin:

 

 

- Os 3Ps que embasam a estratégia global da Michelin são Pessoas (cuidar das pessoas para que elas cuidem do planeta e dos negócios); Planeta (objetivo netzero, emissão zero de carbono); e Performance (agregar valor aos clientes e à sociedade)

- Evitar anualmente o consumo mundial de 400 milhões de pneus, por meio de iniciativas como a recapagem;

- Reduzir o equivalente a 35 milhões de toneladas de CO2 até 2030;

- Estruturar pontos de coleta e reciclagem de pneus que estão no fim do ciclo de vida;

- Eficiência hídrica: reduzir consumo de água em 33% até 2030;

- Garantir produtos com materiais 100% renováveis ou reciclados até 2050.

 

 

E você? Já parou para pensar no seu próximo passo? 

 

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